Estamos entrando no último trimestre de 2025 — época decisiva para o varejo, onde cada movimento conta. As compras de final de ano já se anunciam intensas; projeções apontam que o varejo brasileiro deverá movimentar R$ 532,1 bilhões em 2025, um crescimento de 11,3% em relação a 2024. O dado foi coletado em um levantamento anual do IPC Maps.
Mas atenção: vender mais não basta se a margem for sacrificada. O setor alimentício, por exemplo, registrou alta de 7,3% nos preços no 1º trimestre, porém o volume vendido caiu 1,4%. Ou seja, consumidores estão pagando mais, mas comprando menos. Só em Mato Grosso do Sul, segundo a Scanntech, a queda foi de -6,5%. Entre os fatores levantados, estão – além da própria inflação, o clima, cautela nas ruas e desigualdades regionais.
O lado positivo é que 85% das redes varejistas afirmam ter registrado aumento de lucro ou valorização de marca quando apostaram em INOVAÇÃO — inovação pode ser inovação de produto ou de processo, mas sempre ligada à forma como se entrega valor (ou seja: posicionamento, percepção, serviço).
Ou seja: PRECIFICAÇÃO deixada ao acaso pode corroer cada real de lucro extra que você ganhar com aumento de preço ou volume. Se não considerar valor, concorrência, postura da marca, sazonalidade, psicologia de preço, você corre o risco de cobrar de menos — ou de afastar clientes — justamente quando o mercado está mais atento.
Agora é o momento de ajustar estratégias, rever premissas e garantir que cada produto ou serviço seu esteja sendo precificado não apenas pelo custo + lucro, mas pelo valor que entrega — e pelo que o cliente realmente está disposto a pagar.
No varejo, precificar não é apenas somar custo e lucro. O mercado atual exige estratégia, percepção e técnica para transformar preço em vantagem competitiva. Confira 5 fatores essenciais:
1. Percepção de Valor
Preço é comunicação. Se o cliente vê conveniência, qualidade ou status no seu produto, ele estará disposto a pagar mais. Valor percebido pesa tanto quanto o preço real.
2. Análise da Concorrência
Acompanhe o mercado. Não é sobre ser o mais barato, mas sobre entender seu espaço e justificar sua faixa de preço com diferenciais claros, como atendimento ou exclusividade.
3. Psicologia de Preços
Detalhes influenciam decisões. Valores como R$ 99,90 funcionam melhor que R$ 100,00. Oferecer combos e pacotes amplia a sensação de vantagem e aumenta o ticket médio.
4. Custos Elásticos (Sazonalidade)
O preço pode (e deve) se adaptar à demanda. Em datas de alta procura, margens mais altas são possíveis sem perder competitividade.
5. Posicionamento da Marca
Preço revela quem você é no mercado: acessível, premium, exclusivo? Ele é a primeira mensagem que seu cliente recebe sobre sua marca.
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Imagem: Pixabay